Livro para crianças e jovens pode abordar temas como sexualidade, violência, uso de drogas, morte e depressão?
Posso apostar que muita gente responderia a essa pergunta, de imediato, com um NÃO, mas podemos refletir um pouco aqui antes de chegarmos a uma conclusão.
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- Título Original: Como conversar com um fascista: reflexões sobre o cotidiano autoritário brasileiro
- Gênero do Livro: Ensaio
- Editora: Record
- Ano de Publicação: 2015
- Número de Páginas: 196
Sinopse: Com sua rara capacidade de explicar temas filosóficos para o leitor comum, Marcia Tiburi alcançou o sucesso de público e de crítica como uma filósofa pop. E nesses tempos de nervos à flor da pele e agressivos embates políticos, Marcia traz em Como conversar com um fascista um propósito filosófico-político: pensar com os leitores sobre questões da cultura política experimentada diariamente, de um modo aberto, sem cair no jargão acadêmico. O argumento principal é como pensar em um método, ou uma postura, para contrapor o discurso de ódio, seus reflexos na sociedade brasileira e repercussão nas redes sociais. A filósofa propõe o diálogo como forma de resistência e analisa notícias recentes e acontecimentos do mundo político para mostrar mais uma vez que é possível falar sobre temas complexos de maneira que todos compreendam. Com apresentação de Rubens Casara e prefácio de Jean Wyllys, o livro traz ensaios inéditos e alguns já publicados na revista Cult, combinando a profundidade e a sofisticação intelectuais presentes na medida certa na obra de Marcia Tiburi.
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[…] cada um é engrenagem da grande máquina de produzir fascistas alimentada com o combustível do ódio. Parar essa engrenagem só será possível para aquele que aprender que outro mundo, além da emoção perversa que tantos têm como o estado de coisas odiento, é possível (p. 34).
Publicado em 2015, Como conversar com um fascista analisa o autoritarismo crescente naquela época, mas se encaixa perfeitamente como retrato do Brasil de 2019.
Na primeira página do meu exemplar lê-se “07/01/2016”, a data em que o comprei, quando comecei a suspeitar que precisava aprender a conversar com pessoas que não aceitam outros pontos de vista ou outras formas de levar a vida.
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- Título Original: À sombra desta mangueira
- Gênero do Livro: Ensaio
- Editora: Paz & Terra
- Ano de Publicação: 2013
- Número de Páginas: 251
Sinopse: Uma obra fundamental não apenas para os profissionais da educação que sabem que "o domínio técnico é tão importante para o profissional quanto a compreensão política o é para o cidadão", e que ambas as missões de formação cabem ao educador; mas também àqueles que acreditam num mundo mais justo, onde a formação técnica, científica e profissional é tão importante quanto o sonho e a utopia.
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A libertação é possibilidade; não sina, nem destino, nem fado” (p. 50).
Hoje trago um livro de um dos autores brasileiros mais conhecidos no mundo e um dos maiores educadores de todos os tempos; um homem repudiado em seu próprio país, o país que ele tanto amava e queria ver transformado.
Publicado pela primeira vez em 1995, À sombra desta mangueira talvez seja um livro pouco conhecido de Paulo Freire, em que o autor discute de forma bastante pessoal temas como educação, política, avanço da tecnologia e exílio; faz críticas à esquerda e aos antigos progressistas.
Paulo Freire nasceu no Recife, Pernambuco, em 1921 e, ainda na infância, viu crescer em si mesmo a vontade de melhorar a educação do povo, de tornar a sociedade menos desigual e mais justa.
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Em seis meses, assistimos à tentativa de destruir não só a educação, mas também a história e a ciência. Descobrimos que, no Brasil, não há mais fome nem desmatamento; que não precisamos de cadeirinhas nos carros nem de barreiras de velocidade, tampouco de aulas para obter carteira de motorista; que não faz mal adicionar alguns agrotóxicos aos nossos alimentos; que as meninas da Ilha do Marajó são estupradas porque não usam calcinhas; que nós, nordestinos, somos todos “paraíbas”; que preocupação com o meio ambiente é coisa de vegano; e que vale mais uma sensação do que resultados de pesquisas.
Infelizmente, essa é somente uma amostra — foi o que consegui recordar neste momento. Há muito mais de onde isso saiu, e ainda seremos contemplados com outros exemplos até 2022.
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