Naquele tempo havia muitos quintais e lotes vagos. E era tudo arborizado, tanto em nossa rua como em todo o bairro (p. 2-3).
Esse foi o primeiro livro que li para o Joaquim, quando ele ainda era parte de mim. Não sei se ele escutou minha voz ao ler a história. Só sei que me emocionei ao lê-la — tanto pelas circunstâncias da leitura, quanto pela história em si (e não era a primeira vez que eu lia o livro para mim mesma).
Publicado pela primeira vez em 2008, dois anos após a morte do autor, O matador foi ilustrado por Odilon Moraes, que usou desenhos que, à primeira vista, parecem simples, sem cor. Mas, quando se conhece a história, percebe-se a intenção do ilustrador. As imagens, em tons esverdeados, ganham cor forte apenas em dois momentos, avivando o sentimento que nos causam as palavras inscritas naquelas páginas.
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