Quatro anos atrás, nesta data, entrava no ar o blog Histórias em mim, este espaço no qual expresso as histórias do mundo que conheço nos livros e as histórias que saem da minha imaginação.
No início de 2018, andava desconfiada da minha escrita, esta atividade que me segue desde a infância, esta habilidade que (quase) sempre foi uma certeza, mesmo quando não era. Vivia num dilema que ainda me pega vez ou outra: desejava publicar os meus textos; ao mesmo tempo, receava que outras pessoas os conhecessem.
Foi então que uma sugestão chegou até mim: “Por que você não cria um blog literário?”.
À primeira vista, essa pareceu uma ideia sem sentido. Eu não acompanhava blogs, nunca tinha imaginado me tornar uma blogueira, não sabia sequer como criar e manter uma página na internet. Sem falar que, com o excesso de informações e redes sociais, o fracasso seria o resultado mais provável para um blog no final dos anos 2010.
Não preciso nem lembrar que 2020 foi um ano difícil para todo mundo (para algumas pessoas ainda mais). Quero fazer aqui uma retrospectiva positiva; dizer que o blog continua vivo e eu sigo pelo caminho da literatura.
A parte mais relevante de um balanço como este não é mostrar o quanto li ou escrevi, mas recordar o quanto produzi e conquistei num ano tão esquisito; testemunhar que a leitura e a escrita podem salvar o nosso dia, o nosso ano, a nossa vida.
Em nosso encontro, no dia 22 de novembro de 2020, a escritora Palmira Heine perguntou minha opinião sobre a afirmação que eu trouxe no título deste texto (quem não viu a live passa lá no perfil da escritora no Instagram ou clica aqui).
Naquele momento, lembrei-me de uma pesquisa cujos resultados foram divulgados há poucos meses. Resolvi então conferir a pesquisa para ter certeza de que não disse alguma bobagem.
Realizada pelo Instituto Pró-Livro (IPL) 2007, a pesquisa Retratos da leitura no Brasil já teve cinco edições (2001, 2007, 2011, 2014 e 2019). Em 2019, o IPL contou com a parceria do Itaú Cultural e entrevistou 8.076 pessoas com 5 anos ou mais de idade em 208 municípios, abrangendo todas as unidades federativas.
Hoje faz dois anos que publiquei meu primeiro texto aqui, meio sem saber se teria leitores ou se persistiria com este projeto.
Como eu contei naquela apresentação, o blog nasceu por sugestão de uma pessoa muito querida, que sempre me ouvia falar da minha paixão pela escrita e, ao mesmo tempo, da minha angústia por não compartilhar meus escritos com outras pessoas.
Titubeei diante da ideia. Jamais havia pensado em ter um blog e, de certa forma, embora quisesse ser lida, receava as críticas. Além do mais, aquela não parecia mais uma época (no mundo e na minha própria vida) de se investir em blogs.
Agora nem parece que duvidei. O blog já é parte da minha vida. Virou rotina criar os textos para publicar aqui (não uma rotina no sentido pesado, de um ato repetitivo e chato). Tive altos e baixos, vontade de desistir, momento de pouca inspiração, mas o blog resiste, assim como resiste em mim o desejo de emocionar, inspirar e divertir com minhas palavras. O blog Histórias em mim fez uma transformação em mim e me mantém em movimento, como me disse uma amiga querida.
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