"4" Post(s) arquivados na Tag: literatura para crianças e jovens

28 de setembro de 2021

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[Resenha] Três velhinhas tão velhinhas

Por Roseana Murray

  • Título Original: Três velhinhas tão velhinhas
  • Gênero do Livro: Conto
  • Editora: Paulus
  • Ano de Publicação: 2013
  • Número de Páginas: 22
Sinopse: A família toda ficava de olho no casarão. Estava caindo aos pedaços, mas o terreno era muito valioso. Com o dinheiro da casa poderiam comprar tantas coisas. Só tinha uma coisinha que atrapalhava: dentro do casarão moravam três tias, bem velhinhas. A família, então, reunia-se, discutia, voltava a se reunir.
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Já reparou que a maioria dos livros destinados a crianças tem como personagens crianças (quando não animais ou seres inanimados)? Quando há adultos, estes geralmente se relacionam com as personagens infantis. Isso é normal. As crianças se identificam com personagens de sua faixa etária ou de seu universo, em suas relações com pais, avós e professoras.

O livro que trago hoje, Três velhinhas tão velhinhas, foge dessa tradição e apresenta três velhinhas tão velhinhas, como o próprio título antecipa. Aqui não há crianças. As protagonistas são três senhoras, três tias: Clara, Maria e Matilde.

[…] Clara gostava de música, a sua paixão. Era uma paixão tão grudada na pele, a música era como se fosse a própria pele. […]
Maria, a do meio, era a mais séria das três. Cuidava da casa, das roupas, dos gatos, da comida. […] Matilde gostava de plantas, tudo que fosse verde e vivo e cheirasse à terra molhada. […]

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10 de agosto de 2021

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Três livros sobre pais

É senso comum a ausência de boa parte dos pais brasileiros na educação, no sustento e no cuidado dos filhos. Cerca de doze milhões de lares no Brasil são chefiados unicamente por mulheres, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Persiste também o não reconhecimento da paternidade. Segundo informações da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), quase 100 mil crianças nascidas no primeiro semestre de 2021 foram registradas apenas com o nome da mãe.

Diante desse retrato de abandono paterno, sinto certo constrangimento ao celebrar o dia dos pais. Acredito, no entanto, que a situação vem mudando e que uma parcela dos homens vem assumindo seu papel de pais.

Longe de querer santificar os homens que se esforçam para ser pais de verdade (afinal, eles não fazem mais do que sua obrigação), mostrar esses exemplos, na minha opinião, pode incentivar outros genitores a quebrarem o padrão, a se envolverem na vida dos filhos, a descobrirem as vantagens que essa convivência pode trazer tanto para seus descendentes, quanto para si mesmos. Então, hoje eu apresento três livros que retratam pais e filhos em uma relação próxima, pais presentes e participantes.

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27 de julho de 2021

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Cinco livros sobre avós

Sabemos da importância do convívio entre avós e netos, convívio este que foi afetado pela pandemia, especialmente em 2020. Não é possível generalizar coisa alguma nessa vida, mas essa relação em geral traz benefícios para ambas as partes. Para os mais novos, é a oportunidade de conhecer a origem da família, os costumes de outra época, aprender com a experiência dos mais vividos.

Eu não convivi de perto com todos os meus avós; apenas por um período com a minha avó paterna. E, mesmo assim, mesmo com dificuldades no contato com ela, minhas recordações dos meus avós são positivas. Até os episódios vividos com esta avó, em particular, e sua dureza tornaram-se histórias cheia de graça que conto aos outros; tenho na memória uma mulher resolvida e independente. A casa dos meus avós maternos, já falecidos, onde passei momentos memoráveis, continua sendo “a casa da vó”.

Para celebrar o dia dos avós, o dia 26 de julho, conferi os livros na estante que trazem os avós como personagens principais e descobri que há, no meu acervo, mais obras sobre o tema do que eu imaginava. Um aspecto chama a atenção: entre os cinco títulos que selecionei, quatro trazem avós (mulheres) e apenas um conta a história de um avô.

As cinco histórias que mostrarei a seguir retratam o companheirismo entre avós e netos, as lembranças da casa da vó, os ensinamentos desses familiares tão marcantes na vida dos netos.

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22 de junho de 2021

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[Resenha] O cometa é um sol que não deu certo

Por Tadeu Sarmento

  • Título Original: O cometa é um sol que não deu certo
  • Gênero do Livro: Novela
  • Editora: Edições SM
  • Ano de Publicação: 2017
  • Número de Páginas: 120
Sinopse: Emanuel é um menino que vive num campo de refugiados sírios no meio do deserto da Jordânia. Entre privações e obrigações, encontra lugar para sonhar em companhia dos amigos, como a menina Amal, por quem nutre um sentimento diferente, que não compreende muito bem. Pelo olhar sensível do protagonista, o leitor é apresentado ao drama dos refugiados sírios, tema atual de extrema relevância, e acompanha os dilemas e sonhos de Emanuel em meio ao seu cotidiano sofrido e incerto.
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Como é viver em um campo de refugiados? Eu não sei, mas posso imaginar a aflição da partida forçada da terra de origem; a angústia da espera; a sensação de estar de passagem sem saber até quando; a expectativa de ser acolhida em alguma parte do mundo, sem muita chance de decidir para onde ir.

[…] Estamos vagando, estamos em trânsito, meu bom Emanuel. Encontraremos nosso lugar, o lugar em que daremos certo. […] (p. 77-78).

Em O cometa é um sol que não deu certo, com texto de Tadeu Sarmento e ilustrações de Apo Fousek, acompanhamos exatamente isso: a vida em um campo de refugiados sírios no meio do deserto. Podemos nos sentir ao lado dos personagens, em um ambiente de carências materiais e de falta de escolhas.

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