Já de madrugada, um cortejo de nuvens escuras como dedos longuíssimos começou a pairar no céu. Por fim, sufocaram a lua (p 229).
É interessante o título desse romance. Não se pode dizer que ele fale de nada ou seja nada. Escrito pela espanhola Carmen Laforet em 1943, com apenas 23 anos de idade, Nada não dá mostras de ter sido fruto da mente de uma jovem, de uma escritora imatura. Foi vencedor da primeira edição do Prêmio Nadal, se tornou um clássico e é considerado uma das obras em língua espanhola mais importantes do século XX.
Recebi a obra no kit da Tag Livros em novembro de 2018 e ainda não a tinha lido. Ela já estava incluída na minha lista de leitura de 2021 quando assisti à minissérie A desordem que ficou, na Netflix, e vi a protagonista com o livro nas mãos. Fiquei curiosa para ler e, por isso, o escolhi para começar as leituras do ano.
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