"10" Post(s) encontrado(s) na categoria: Leituras

19 de novembro de 2020

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Três livros infantis para refletir sobre identidade

Identidade? O que é isso mesmo? Identidade descreve “algo que é diferente dos demais, porém idêntico a si mesmo” (PUC/RIO, p. 14). Ou seja, é aquilo que nos torna únicos em meio a bilhões de pessoas. É como aquele documento chamado pelo mesmo nome que usamos para provar quem somos. Identidade é construída individual e socialmente, a partir das características pessoais, da memória coletiva, dos valores culturais etc. É constituída na relação entre sujeito e sociedade, havendo a forma como o indivíduo se identifica e como é identificado pelos outros. Não é estática, como uma fotografia. Pode se alterar ao longo da vida, influenciada pelas vivências e rupturas, em um processo conduzido pela própria pessoa, embora cada indivíduo mantenha uma essência, um estilo.

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13 de outubro de 2020

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Professoras de todos os tipos

Representações de professoras e professores na literatura

Atenciosas ou indiferentes. Rígidas ou permissivas. Democráticas ou autoritárias. Cada um de nós teve inumeráveis professoras ou professores, de diferentes personalidades e estilos, seja na educação infantil, no ensino fundamental, no ensino médio ou na educação superior. É de conhecimento geral (e isso eu sei por experiência) que a docência não é a profissão mais valorizada no Brasil (veja-se, por exemplo, o que declarou o próprio ministro da área em uma entrevista recente). Por consequência, também não é a mais desejada pelos jovens. Ao menos, parece que, durante a pandemia do novo coronavírus, que obrigou o fechamento das escolas, a sociedade começou a perceber a importância de professoras e professores. Afinal, não é qualquer pessoa que pode ensinar, e as tecnologias não substituem o ambiente escolar.

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10 de outubro de 2020

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Crianças curiosas na literatura

Falar em crianças curiosas é um tanto redundante. As crianças nascem dispostas a explorar o mundo e olham para a vida de modo diferente. Como boas investigadoras, sabem, por pura intuição, que só podem desvendar o funcionamento das coisas com observação e testes (para descobrir que som a colher faz ao cair no chão, por exemplo, é necessário arremessá-la). Em algum momento, porém, as instituições comandadas pelos adultos (família, escola, religião etc.) fazem crer que tanta experimentação e tanta imaginação são banais, inconvenientes ou até prejudiciais. Começam as proibições, as respostas prontas, as fugas aos temas difíceis. E lá se vão a investigação e a criatividade. Hoje quero apresentar três crianças que vão contra essa tendência, buscando respostas para problemas que os adultos consideram bobos ou procurando um caminho alternativo àquele escolhido pelos mais velhos. Neste dia das crianças, desejo que nos lembremos de incentivar o espírito investigativo e criativo […]

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07 de outubro de 2020

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O que é literatura infantil?

Quem quer que tenha lido muitos livros para criança quando adulto provavelmente concordará que é o tipo mais gratificante de leitura […] (Hunt, 2010, p. 81). Basta um livro conter texto e desenhos para ser considerado literatura infantil? Tudo o que se publica com essa denominação pode mesmo ser chamado de literatura? O que é literatura infantil? Em minha experiência como professora eu li livros com/para meus alunos, especialmente os da educação infantil. Mesmo assim, não faz muito tempo que me tornei leitora (de verdade) de obras destinadas a crianças e jovens. Isso aconteceu, como contei aqui, quando constatei o óbvio: alguém que se propõe a escrever literatura infantil e juvenil (LIJ) deve conhecer o trabalho de quem veio antes. Falando assim, pode até parecer que a LIJ me é utilitária, mas garanto que não. Embora eu tenha ampliado meu acervo e minha leitura com o objetivo inicial de aprender […]

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19 de setembro de 2020

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Três livros infantis sobre meio ambiente

Mesmo que alguns digam o contrário, as imagens nos mostram que o Brasil não está de parabéns quando o assunto é preservação do meio ambiente. É doloroso ver essa cena se repetir todo ano — agora em maior proporção e com o agravante do descaso e da negação da realidade. A quem interessa essa destruição? O meio ambiente tem até uma data comemorativa mundial, 5 de junho de cada ano. Há também o dia da árvore (21 de setembro), o dia da natureza (4 de outubro) e o dia da Amazônia (5 de setembro). Ainda assim, embora tenhamos muitos dias no nosso calendário para nos lembrar dos impactos de nossas ações sobre o meio ambiente, ele continua a ser um senhor tão maltratado. Para mim, além da exploração desenfreada, existe a ideia de que meio ambiente é assunto distante da gente, como se as queimadas no Pantanal ou na Floresta […]

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09 de setembro de 2020

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A leitura como pré-requisito

Planejei escrever a respeito das dificuldades da escrita por mulheres. Até retirei da estante Um teto todo seu, de Virginia Woolf, para uma nova leitura, mas nada me veio sobre o que queria escrever. Um trecho do livro me chamou a atenção e me levou para outro rumo. Quase no final do livro, Virginia Woolf defende: […] um gênio como o de Shakespeare não surgia entre pessoas trabalhadoras, sem edução formal, servis. […] Não surge hoje entre as classes trabalhadoras (p. 73). Em um instante me lembrei daquela famosa afirmação que estabelece a leitura como um pré-requisito da escrita: para escrever bem, é preciso ler. Tenho a impressão de que a maioria dos escritores e das escritoras formou-se em áreas relacionadas à escrita ou pelo menos se encontrou com a leitura ainda no berço. Sinto-me um pouco deslocada quando leio biografias assim, pois não fiz nem uma coisa nem outra.

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05 de setembro de 2020

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Livros infantis e juvenis sensíveis

Dias atrás conheci três livros e percebi que, embora tenham temas e estilos diferentes, há um ponto que os une: todos tratam de sentimentos ou de aspectos relacionados ao nosso interior. São também capazes de repercutir em leitores de qualquer idade. Basta dar uma olhada nos títulos e nas capas para ter uma ideia do que quero dizer (confesso que foi justamente pela capa ou pelo título que os escolhi). As histórias então revelam muito mais.

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18 de agosto de 2020

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Chapeuzinhos de várias cores

Releituras de Chapeuzinho Vermelho

Semanas atrás, apresentei aqui minha opinião sobre o livro O fantástico mistério de Feiurinha, de Pedro Bandeira, que faz referência a diversos contos de fadas. Naquela obra, Chapeuzinho Vermelho é retratada como uma mulher solteira desesperada para se casar, queixando-se por não ter a mesma sorte da Branca de Neve, da Rapunzel, da Bela Adormecida e de outras princesas, todas casadas com príncipes encantados. A história de Chapeuzinho Vermelho foi contada e recontada de inúmeras formas. Hoje apresento aqui duas releituras que considero criativas e recomendadas para leitores de qualquer idade, mas antes sintetizo duas versões tradicionais daquele conto de fadas.

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11 de agosto de 2020

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O Pequeno Príncipe e a valorização do pensamento infantil

Mas, para nós, que compreendemos a vida, os números não têm tanta importância! […] (p. 26) Já escrevi no blog sobre livros e autores que valorizam a capacidade das crianças e dos jovens, com textos inteligentes e sensíveis, que divertem, emocionam e levam a refletir, a descobrir coisas novas (veja exemplos aqui e aqui). Hoje falo de O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry (Geração Editorial, 2015), que possui essas mesmas características, mas o destaque aqui é para o reconhecimento, pelo narrador, da forma diferenciada de pensar das crianças. O narrador (o piloto que encontra o Pequeno Príncipe no deserto) conta que, em sua infância, mostrou um desenho de sua autoria aos adultos, na esperança de que vissem ali o que ele via. Porém os adultos não o compreenderam; enxergaram apenas um chapéu. Meu desenho não era de um chapéu. Era de uma jiboia que havia devorado um elefante. Decidi, […]

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01 de agosto de 2020

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Mulheres e homens: somos tão diferentes assim?

Recentemente li inúmeras notícias a respeito da sobrecarga de trabalho enfrentada pelas mulheres durante a pandemia. Não é novidade que as mulheres em geral se ocupam mais que os homens das tarefas domésticas e do cuidado da família, mas é provável que isso tenha se agravado neste período. Essa situação resulta de um velho pensamento que relaciona as mulheres ao cuidado. Afinal, muitas pessoas (tanto homens quanto mulheres) acreditam que somos sensíveis, delicadas e maternais apenas por sermos mulheres. Mas será mesmo que as mulheres nascem destinadas a realizar determinadas tarefas e os homens, a realizar outras? Será que homens e mulheres têm interesse inato por temas e atividades específicos?

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