Meu nome é Eriane Dantas, tenho 37 anos, sou casada e tenho um pequeno filho chamado Joaquim. Sou pedagoga e já atuei como professora. Hoje sou servidora pública federal e escritora.
Além de ler e escrever textos literários, também curto ver séries e ouvir música (e misturar escrita com música é ainda melhor). Sou muito caseira, e essa característica combinada com uma enorme preguiça de sair de casa me impede de ir ao mercadinho da esquina no final de semana.
Nasci em Teresina, Piauí, e moro em Brasília desde meus doze anos, quando saí com minha mãe, minha irmã, nosso cachorro e nosso jabuti ao encontro do meu pai na Capital Federal. Por isso, tenho uma naturalidade dividida. Tenho um vínculo afetivo com minha terra natal. Tenho orgulho da cajuína (patrimônio imaterial da cultura brasileira), da Maria Isabel, do bolo de sal, da opala, do Rio Parnaíba, da Serra da Capivara. Tenho saudade dos carnaubais e das expressões tão particulares que não escuto mais. Tenho a honra de ser parte de uma gente que trata todos como gente. Tenho raiva de quando alguém desmerece meus conterrâneos, especialmente os que continuam lá. Por outro lado, estou em casa em Brasília, a cidade na qual não escolhi morar e à qual pensei que não me habituaria, o lugar onde cresci. Sinto como se fossem para mim os elogios à beleza e à arborização da cidade, a sua relativa tranquilidade. Ainda me encanto com os ipês, o céu e a Torre Digital. Admiro a mistura de tantas origens, tantos sotaques, tantos olhares.
Falando de leitura, nem sempre fui uma leitora assídua, talvez por falta de hábito, de incentivo ou mesmo de livros. Ficava apenas nas leituras obrigatórias na escola ou na faculdade. Foi na idade adulta que descobri o prazer de ler e passei a comprar livros por vontade própria. Hoje leio bastante (embora os livros na estante e na lista de desejos pareçam estar se multiplicando). Leio não só por entretenimento e conhecimento geral. Leio também como quem deseja aprender com os(as) grandes escritores e escritoras.
Já minha ligação com a escrita surgiu ainda na infância, bem antes do gosto pela leitura, quando escrevia histórias quase sempre trágicas (no estilo novela mexicana), que minha mãe obviamente adorava, mas provavelmente eram de qualidade duvidosa. Perdi todos os meus escritos daquela época, então não posso confirmar se possuía tanto talento quanto ela acreditava.
Após um tempo afastada da atividade, resolvi retomá-la anos atrás, desejando reviver o prazer causado pelo ato de criar histórias. Foi quando publiquei um livro chamado Não sou mais criança (Multifoco, 2014).
Ao reingressar nesse mundo, resolvi não mais parar de escrever, pois escrever não é apenas um hobby. Tornou-se uma necessidade, quase um vício (comparável somente ao do café). Diariamente escrevo pensamentos, contos, romances, simplesmente pelo prazer de criar, meramente pela possibilidade de, em algumas linhas, dar vida a alguém diferente de mim. Também desejo proporcionar entretenimento, emoção e reflexão a outras pessoas.
Em 2020, lancei meu segundo livro, Um ipê de cada cor, com ilustrações de Bianca Lana e publicado pela Editora InVerso.
Ainda em 2020, meu texto chamado História de pescador foi selecionado em primeiro lugar na categoria literatura infantil do Concurso Novos Autores — Prêmio Cidade de Teresina (e aguardo a publicação do livro).
Em 2021, minha obra O nome que minha mãe me deu foi uma das finalistas do 17º Prêmio Barco a Vapor.
Em 2022, lancei meu terceiro livro, intitulado Os nós em mim, também publicado pela Editora InVerso, com ilustrações de Bianca Nithack.
Com a prática da escrita, a cada dia confirmo que os textos literários são obras em contínuo processo de aprimoramento, a ponto de sofrerem grandes revisões de um dia para o outro, como se nunca pudessem ser concluídos. Isso porque nós também estamos sempre mudando, sempre avançando. Ainda tenho muito a aprender sobre a escrita. Por essa razão, trabalho dia após dia para aperfeiçoar minha forma de escrever, praticando, lendo outros autores e autoras, participando de oficinas e eventos literários, consultando leitores críticos, trocando textos com amigas. Felizmente vejo que venho amadurecendo e me sentindo mais à vontade diante de um papel.