
Como ele vai ser? O que ele vai fazer quando crescer? Às vezes eu me flagro com essas perguntas ao observar meu filho. Quando o vejo se interessar por livros, criar suas músicas, fingir que canta em inglês, dançar break no meio da sala ou se apresentar diante de um público, eu penso: vai ser artista. Quando ele se mostra entusiasmado por esportes, eu arrisco: vai ser atleta. Quando o escuto planejar as suas futuras invenções, que vão desde um robô ajudante até a fórmula da imortalidade, eu me pergunto: será que vai ser cientista?
Ele próprio já listou uma dezena de ofícios que pretende desempenhar: bombeiro, policial, cientista, músico, cozinheiro etc. Vai competir em todas as modalidades das Olimpíadas.
Se o percebo um pouco arredio, eu torço que não seja tímido como a mãe.
Quase sempre eu brigo comigo mesma. Assim como não me convém voltar ao passado, não é saudável viajar para o futuro, um futuro distante, ainda que o tempo vá se encarregar de encurtar essa distância. Não faz bem esse exercício de adivinhação.
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