12 de novembro de 2024

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[Resenha] Quem sabe um dia

De Lauren Graham

  • Título Original: Someday, Someday, Maybe
  • Gênero do Livro: Romance
  • Editora: Record
  • Ano de Publicação: 2014
  • Número de Páginas: 368
Sinopse: Quando se mudou para Nova York, Franny Banks deu a si mesma três anos para conseguir se estabelecer como atriz. E agora, em janeiro de 1995, faltando apenas seis meses para o fim do prazo, ela não conseguiu grandes avanços. Todas as suas fichas estão depositadas na Apresentação, uma mostra dos alunos do curso de teatro do qual faz parte com diversos agentes presentes. Assim, resta a Franny lutar contra a conta bancária, o cabelo indomável, o tempo e a própria sorte para conseguir aquilo que acredita ser seu por direito.
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Gilmore Girls é a minha série de conforto, aquela série que eu revisito quando quero me distrair e que traz nostalgia do começo da minha adolescência, quando eu a via no SBT (onde ganhou o nome de Tal mãe, tal filha).

Já perdi as contas dos meus reencontros com Lorelai e Rory. Elas parecem amigas minhas. Sempre me emociono e me alegro com as duas, embora já conheça suas histórias do início ao fim.

Por isso fiquei curiosa ao descobrir o livro Quem sabe um dia, de Lauren Graham. Não preciso dizer que admiro o seu trabalho como atriz, encarnando a divertida Lorelai. Sempre me encantou o fato de me esquecer que aquela personagem existe apenas em um universo ficcional e que, por trás dela, existe uma pessoa real que pouco deve ter em comum com a personagem.

Não sei o quanto existe de Lorelai em Lauren e vice-versa, mas a leitura do livro me deu a impressão de que algo da vida de Lauren pode ter inspirado a história, afinal a temática principal da obra é o ingresso no teatro.

Franny, a narradora e protagonista de Quem sabe um dia, é uma aspirante a atriz que divide um apartamento no Brooklyn, em Nova Iorque, com dois amigos: Jane e Dan. Em busca de sucesso no meio artístico, ela se mudou para aquela cidade e vive longe do pai e do namorado da adolescência. Sua mãe morreu quando ela era criança.

Franny então relata seus desafios, suas inseguranças, sua batalha para cumprir o prazo de três anos que estabeleceu para si mesma, controlando o embate diário entre a razão e a emoção. Em Nova Iorque, trabalha em certas noites como garçonete em um bar e faz bicos em eventos, enquanto participa de aulas de teatro e corre atrás de testes, de agentes, de oportunidades. Em meio a isso, luta com o cabelo rebelde e tenta manter-se sã em um mundo um tanto cruel.

Quem sabe um dia é uma história gostosa de se acompanhar (tanto que eu terminei as centenas de páginas em um dia). A escrita flui. Há agilidade e graça, mas também há autenticidade, emoção e surpresas. E senti até alguns traços de Lorelai no texto (ou isso pode ser apenas fruto do meu apego à personagem de Gilmore Girls).

Preciso apresentar a parte de mim que se sente vencedora à parte que está convencida de que sou uma perdedora, e ver se elas não conseguem aceitar uma existência mais próxima ao meio-termo.

Apesar das qualidades da obra, não nego que a repercussão em mim pode ter relação com a minha própria história, com a minha persistência em ser escritora, apesar de um mundo de obstáculos. Como Franny, vivo me dizendo que devo desistir, mas uma outra eu responde que não posso ser uma coisa diferente, que quem sabe um dia esse caminho fique mais fácil.

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