Recordo-me de escrever desde criança, quando enchia cadernos com histórias geralmente dramáticas. Houve, entretanto, um longo período em que me afastei dessa atividade (não saberia explicar o motivo). Mantive a escrita apenas nos momentos obrigatórios (trabalhos da escola, da faculdade ou da ocupação remunerada).
Por volta do ano de 2013, redescobri o gosto pela escrita. Dessa redescoberta, surgiu o livro Não sou mais criança, publicado no ano seguinte. De lá para cá, tenho estudado, lido e experimentado mais (e o blog contribuiu nesse processo). Venho aprendendo e aprimorando minha forma de escrever e até passei a me identificar (e me apresentar) como escritora.
Durante esse tempo, conheci distintas histórias de escritores e escritoras sobre seu ingresso no mercado editorial. Algumas delas fazem até parecer que tudo é fácil demais. Tentei usar suas estratégias, mas até o momento nada do que serviu para eles e elas serviu para mim.
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18 de agosto de 2020
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Releituras de Chapeuzinho Vermelho
Semanas atrás, apresentei aqui minha opinião sobre o livro O fantástico mistério de Feiurinha, de Pedro Bandeira, que faz referência a diversos contos de fadas.
Naquela obra, Chapeuzinho Vermelho é retratada como uma mulher solteira desesperada para se casar, queixando-se por não ter a mesma sorte da Branca de Neve, da Rapunzel, da Bela Adormecida e de outras princesas, todas casadas com príncipes encantados.
A história de Chapeuzinho Vermelho foi contada e recontada de inúmeras formas. Hoje apresento aqui duas releituras que considero criativas e recomendadas para leitores de qualquer idade, mas antes sintetizo duas versões tradicionais daquele conto de fadas.
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- Título Original: AmoreZ
- Gênero do Livro: Conto
- Ano de Publicação: 2020
- Número de Páginas: 45
Sinopse: Já pensou que existem tantos tipos de amor quanto pessoas esperando ser amadas? O amor platônico, o amor que se termina, aquele que perdura, o amor em quatro patas, o que nasce da genética, amores sem explicação e muitos outros que você provavelmente já viveu ou ouviu falar... AmoreZ usa simples palavras para descrever o sentimento mais complexo e diverso de todos. Neste livro você irá conhecer & reconhecer amores de A a Z. São histórias curtas inspiradas em fatos reais ou sonhados que falam sobre como esse sentimento nasce em nós, nos transforma e às vezes transborda.
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Aceito ser quem sou, amo ser quem sou, sem deixar de procurar uma versão melhor de mim (trecho de “Aceitação“).
Neste tempo de crise sanitária, política e econômica, faz bem esquecer as más notícias de vez em quando e distrair a mente com temas mais leves, que nos deem um pouco de conforto e de esperança.
Por isso trago como sugestão de leitura o livro AmoreZ, de Regiane Folter, que acabou de ser lançado em formato e-book e pode ser lido gratuitamente por quem é assinante do Kindle Unlimited.
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Mas, para nós, que compreendemos a vida, os números não têm tanta importância! […] (p. 26)
Já escrevi no blog sobre livros e autores que valorizam a capacidade das crianças e dos jovens, com textos inteligentes e sensíveis, que divertem, emocionam e levam a refletir, a descobrir coisas novas (veja exemplos aqui e aqui). Hoje falo de O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry (Geração Editorial, 2015), que possui essas mesmas características, mas o destaque aqui é para o reconhecimento, pelo narrador, da forma diferenciada de pensar das crianças.
O narrador (o piloto que encontra o Pequeno Príncipe no deserto) conta que, em sua infância, mostrou um desenho de sua autoria aos adultos, na esperança de que vissem ali o que ele via. Porém os adultos não o compreenderam; enxergaram apenas um chapéu.
Meu desenho não era de um chapéu. Era de uma jiboia que havia devorado um elefante. Decidi, então, desenhar o interior da barriga da serpente para que os adultos pudessem entender melhor. Eles sempre precisam de explicações detalhadas… […] (p. 9).
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