Os concursos literários, embora concorridos, são uma boa opção para os escritores iniciantes publicarem seus trabalhos.
Uma sugestão para saber sobre o lançamento dos concursos é acompanhar o Concursos Literários, um blog construído por diversas pessoas que colaboram com informações sobre concursos literários.
A seguir, apresento uma lista com três concursos que selecionam obras literárias destinadas a crianças e jovens. As inscrições deste ano se encerraram, mas quem já iniciou algum texto terá tempo de participar das próximas edições.
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- Título Original: The Picture of Dorian Gray
- Gênero do Livro: Romance
- Editora: Penguin Classics Companhia das Letras
- Ano de Publicação: 2012
- Número de Páginas: 260
Sinopse: Em 1891, quando foi publicado em sua versão final, O retrato de Dorian Gray foi recebido com escândalo, e provocou um intenso debate sobre o papel da arte em relação à moralidade. Alguns anos mais tarde, o livro foi inclusive usado contra o próprio autor em processos judiciais, como evidência de que ele possuía "uma certa tendência" - no caso, a homossexualidade, motivo pelo qual acabou condenado a dois anos de prisão por atentado ao pudor. Mais de cem anos depois, porém, o único romance de Oscar Wilde continua sendo lido e debatido no mundo inteiro, e por questões que vão muito além do moralismo do fim do período vitoriano na Inglaterra, definida por um dos personagens do livro como "a terra natal da hipocrisia". Seu tema central - um personagem que leva uma vida dupla, mantendo uma aparência de virtude enquanto se entrega ao hedonismo mais extremado - tem apelo atemporal e universal, e sua trama se vale de alguns dos traços que notabilizaram a melhor literatura de sua época, como a presença de elementos fantásticos e de grandes reflexões filosóficas, além do senso de humor sagaz e do sarcasmo implacável característicos de Wilde.
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O artista é o criador de coisas belas. Revelar a arte e ocultar o artista é a finalidade da arte (p. 5).
Hoje vamos falar sobre um clássico polêmico (como todo bom clássico), que, mesmo com o passar do tempo, não pode ser considerado ultrapassado. As reflexões que suscita são tão atuais como o eram no momento de sua produção.
Único romance de Oscar Wilde, O retrato de Dorian Gray teve sua primeira edição em livro em 1891, mas já havia sido publicado pela revista britânica Lippincott’s Monthly Magazine, com a supressão de palavras do original. Mesmo com essa censura, o texto foi considerado imoral, e, em resposta, Wilde escreveu um prefácio no qual defende:
Não existe livro moral ou imoral. Livros são bem escritos ou mal escritos. Isso é tudo (p. 5).
Se, por um lado, o romance alçou Wilde ao sucesso, também o colocou no centro de severas críticas e escândalos, sendo usado inclusive como prova de sua inadequação à sociedade (isso porque era homossexual). Wilde viu então sua fama decair ao se apaixonar por Alfred Douglas, perder uma ação por difamação contra o pai deste e ser condenado a dois anos de reclusão por atos de flagrante indecência.
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- Título Original: Úrsula: romance
- Gênero do Livro: Romance
- Editora: PUC Minas
- Ano de Publicação: 2018
- Número de Páginas: 240
Sinopse: Esta é a sétima edição, revista, ampliada e com anexos de documentos históricos, do romance Úrsula, acompanhada da reedição do conto “A escrava”, da escritora maranhense Maria Firmina dos Reis, no momento em que se completam 100 anos de seu falecimento.
Úrsula não é apenas o primeiro romance abolicionista da literatura brasileira, é também o primeiro da literatura afro-brasileira, entendida como produção de autoria afrodescendente que tematiza a negritude a partir de uma perspectiva interna.
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É horrível lembrar que criaturas humanas tratem a seus semelhantes assim e que não lhes doa a consciência de levá-los à sepultura asfixiados e famintos! (p. 103).
Dedico a resenha de hoje a quem sonha com a liberdade e a igualdade entre os seres humanos, não importando sua cor, seu gênero e seu lugar de origem.
Maria Firmina dos Reis, maranhense, negra e autodidata, publicou Úrsula em 1859 sob o pseudônimo “uma maranhense”. No prólogo, apresentou o livro como “mesquinho e humilde”, que “passará entre o indiferentismo glacial de uns e o sorriso mofador de outros” (p. 25), desculpando-se por seu atrevimento em escrever. E acrescentou:
Sei que pouco vale este romance, porque escrito por uma mulher, e mulher brasileira, de educação acanhada e sem o trato e conversação dos homens ilustrados […] (p. 25).
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Sexta-feira, 21 de junho de 1985.
Marilu,
Há exatos quinze anos, ser brasileiro significou fazer parte de uma nação gloriosa. Pelé, Gerson, Jairzinho e seus companheiros foram laureados heróis nacionais. E, com o cotidiano suspenso por um dia, colorido de verde e amarelo, a televisão uniu os brasileiros para acompanhar noventa minutos de encantamento, pela primeira vez em tempo real. Foi duro retornar à realidade no exterior daquela caixa de imagens e sons. A voz contida por quase uma década se converteu em um grito, cujo eco os brasileiros queriam fazer durar mais tempo.
Minha rotina também se alterou naquele dia, embora por uma razão diferente. Não assisti àquela partida final. Enquanto o país, envolvido com as cores da bandeira, mandava vibrações para que a seleção canarinho superasse a italiana, eu me preparava para conhecer você e torcia que nosso encontro não demorasse a acontecer. E tive uma certeza ao saber o resultado do jogo: sua chegada naquele dia não foi coincidência; significou que você traria tanto orgulho e tanta alegria para nossas vidas como a taça havia trazido para o Brasil.
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