- Título Original: Someday, Someday, Maybe
- Gênero do Livro: Romance
- Editora: Record
- Ano de Publicação: 2014
- Número de Páginas: 368
Sinopse: Quando se mudou para Nova York, Franny Banks deu a si mesma três anos para conseguir se estabelecer como atriz. E agora, em janeiro de 1995, faltando apenas seis meses para o fim do prazo, ela não conseguiu grandes avanços. Todas as suas fichas estão depositadas na Apresentação, uma mostra dos alunos do curso de teatro do qual faz parte com diversos agentes presentes. Assim, resta a Franny lutar contra a conta bancária, o cabelo indomável, o tempo e a própria sorte para conseguir aquilo que acredita ser seu por direito.
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Gilmore Girls é a minha série de conforto, aquela série que eu revisito quando quero me distrair e que traz nostalgia do começo da minha adolescência, quando eu a via no SBT (onde ganhou o nome de Tal mãe, tal filha).
Já perdi as contas dos meus reencontros com Lorelai e Rory. Elas parecem amigas minhas. Sempre me emociono e me alegro com as duas, embora já conheça suas histórias do início ao fim.
Por isso fiquei curiosa ao descobrir o livro Quem sabe um dia, de Lauren Graham. Não preciso dizer que admiro o seu trabalho como atriz, encarnando a divertida Lorelai. Sempre me encantou o fato de me esquecer que aquela personagem existe apenas em um universo ficcional e que, por trás dela, existe uma pessoa real que pouco deve ter em comum com a personagem.
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- Título Original: O baú de Faustina
- Gênero do Livro: Memórias
- Editora: Quimera
- Ano de Publicação: 2021
- Número de Páginas: 434
Sinopse: Este livro tematiza a saga real de famílias rurais piauienses, sem terra e sem outras posses maiores, na dura estrada da vida. De pessoas que, deserdadas de berço de ouro, tiveram que inventar maneiras das mais diversas para (re)existir. Existir e resistir a tempos duríssimos de seca, de pobreza, de violência, de abandono. De mulheres que tiveram quase todos os seus caminhos vetados pelo machismo, princípio norteador das vidas e sociabilidades no meio rural piauiense. Portanto, é um livro das histórias humanas possíveis, em contextos exigentes. Algumas delas – histórias impossíveis – apenas tornadas realidade pela força e determinação dos sujeitos. Não obstante, é um livro de esperança. Ao fim, é possível ver que, por mais que todas as evidências apontem o contrário, há a possibilidade de se construir um caminho promissor.
O baú de Faustina se revelou para mim no primeiro dia da 3ª Feira Literária de Barra Grande, em Cajueiro da Praia, Piauí, em 27 de junho de 2024, em um dos bate-papos de lançamento de livros. Sua criadora, Valéria Silva, professora universitária que eu ainda não conhecia, lançava ali o livro de poesias Acenos da alma, e o mediador comentou sobre sua obra anterior.
No dia seguinte, participei de uma roda de conversa acerca da literatura produzida por mulheres, na qual se encontrava Valéria Silva, entre outras mulheres. Terminada a conversa, ela se aproximou de mim e me presenteou com um exemplar de O baú de Faustina, como se adivinhando o interesse que havia nascido em mim no dia anterior. Na dedicatória, ela desejou que a leitura me suscitasse “encontros identitários vários”. E eu posso adiantar que o desejo se realizou.
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Ivan Ilitch vive uma vida normal e bem-sucedida do ponto de vista da sociedade: tem um bom emprego e uma família. Então vai seguindo até perceber que talvez sua vida não seja tão feliz. Em vez de reclamar ou tentar mudar o seu destino, entretanto, ele escolhe se acomodar e se entregar ao trabalho, o seu escape.
Isso muda quando é acometido de uma doença mortal, de uma dor lancinante, que vem e traz a solidão, o medo da partida. Ao contrário do que se espera, sua família e seus amigos lhe viram as costas — sua esposa chega a torcer por sua morte. Com isso, ele começa a se questionar sobre sua existência: fez o que era certo, mas será que viveu como deveria ter vivido?
Tenho pensado (já há um bom tempo) a respeito desse aspecto: a vida é isso mesmo? Ou há algo mais a ser vivido? Esse questionamento, por vezes, se interrompe quando encontra a ideia de que não devo reclamar; devo ser grata pelo que tenho, por tudo o que me acontece (até pelos fatos negativos).
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Ela partiu ontem
num foguete rumo à Lua,
passou entre as nuvens,
enfeitou os cabelos com estrelas,
debochou da lei da gravidade.
Você mandou uma mensagem de rádio:
Seu brilho é tão intenso,
que nem preciso de telescópio
pra te ver aqui de baixo.
Surgiu ali uma porção de orgulho,
orgulho que raras vezes se viu
naqueles olhos que só miravam
os próprios pés.
Hoje ela despencou do alto.
Não olhe aí de cima
pela janela do seu foguetinho —
foi seu novo recado —,
não deixe a empáfia te levar
pra fora da galáxia.
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