"4" Post(s) arquivados na Tag: histórias do mundo

12 de novembro de 2024

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[Resenha] Quem sabe um dia

De Lauren Graham

  • Título Original: Someday, Someday, Maybe
  • Gênero do Livro: Romance
  • Editora: Record
  • Ano de Publicação: 2014
  • Número de Páginas: 368
Sinopse: Quando se mudou para Nova York, Franny Banks deu a si mesma três anos para conseguir se estabelecer como atriz. E agora, em janeiro de 1995, faltando apenas seis meses para o fim do prazo, ela não conseguiu grandes avanços. Todas as suas fichas estão depositadas na Apresentação, uma mostra dos alunos do curso de teatro do qual faz parte com diversos agentes presentes. Assim, resta a Franny lutar contra a conta bancária, o cabelo indomável, o tempo e a própria sorte para conseguir aquilo que acredita ser seu por direito.
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Gilmore Girls é a minha série de conforto, aquela série que eu revisito quando quero me distrair e que traz nostalgia do começo da minha adolescência, quando eu a via no SBT (onde ganhou o nome de Tal mãe, tal filha).

Já perdi as contas dos meus reencontros com Lorelai e Rory. Elas parecem amigas minhas. Sempre me emociono e me alegro com as duas, embora já conheça suas histórias do início ao fim.

Por isso fiquei curiosa ao descobrir o livro Quem sabe um dia, de Lauren Graham. Não preciso dizer que admiro o seu trabalho como atriz, encarnando a divertida Lorelai. Sempre me encantou o fato de me esquecer que aquela personagem existe apenas em um universo ficcional e que, por trás dela, existe uma pessoa real que pouco deve ter em comum com a personagem.

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30 de setembro de 2024

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[Resenha] O baú de Faustina

De Valéria Silva

  • Título Original: O baú de Faustina
  • Gênero do Livro: Memórias
  • Editora: Quimera
  • Ano de Publicação: 2021
  • Número de Páginas: 434
Sinopse: Este livro tematiza a saga real de famílias rurais piauienses, sem terra e sem outras posses maiores, na dura estrada da vida. De pessoas que, deserdadas de berço de ouro, tiveram que inventar maneiras das mais diversas para (re)existir. Existir e resistir a tempos duríssimos de seca, de pobreza, de violência, de abandono. De mulheres que tiveram quase todos os seus caminhos vetados pelo machismo, princípio norteador das vidas e sociabilidades no meio rural piauiense. Portanto, é um livro das histórias humanas possíveis, em contextos exigentes. Algumas delas – histórias impossíveis – apenas tornadas realidade pela força e determinação dos sujeitos. Não obstante, é um livro de esperança. Ao fim, é possível ver que, por mais que todas as evidências apontem o contrário, há a possibilidade de se construir um caminho promissor.

O baú de Faustina se revelou para mim no primeiro dia da 3ª Feira Literária de Barra Grande, em Cajueiro da Praia, Piauí, em 27 de junho de 2024, em um dos bate-papos de lançamento de livros. Sua criadora, Valéria Silva, professora universitária que eu ainda não conhecia, lançava ali o livro de poesias Acenos da alma, e o mediador comentou sobre sua obra anterior.

No dia seguinte, participei de uma roda de conversa acerca da literatura produzida por mulheres, na qual se encontrava Valéria Silva, entre outras mulheres. Terminada a conversa, ela se aproximou de mim e me presenteou com um exemplar de O baú de Faustina, como se adivinhando o interesse que havia nascido em mim no dia anterior. Na dedicatória, ela desejou que a leitura me suscitasse “encontros identitários vários”. E eu posso adiantar que o desejo se realizou.

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22 de maio de 2024

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[Resenha] Mulheres que não eram somente vítimas

De Regiane Folter

  • Título Original: Mulheres que não eram somente vítimas
  • Gênero do Livro: Novela
  • Editora: Folheando
  • Ano de Publicação: 2023
  • Número de Páginas: 96
Sinopse: Quem foi Mariana Tavares e como morreu? Essas são as perguntas que levam a determinada jornalista Maria Silva a investigar a misteriosa morte de uma adolescente. O que antes parecia um trágico acidente esconde um histórico de violência que impulsiona a jornalista em sua apuração em busca de justiça não só por Mariana, mas também por si própria e todas as mulheres que merecem ser mais do que vítimas.
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E se olhar para a dor do outro for um tratamento para as nossas próprias dores? Mulheres que não eram somente vítimas aponta nessa direção (e em outras tantas) numa narrativa que nos instiga a ler até o final.

O livro é o segundo da escritora brasileira Regiane Folter. O primeiro, uma coletânea de contos sobre o amor intitulada AmoreZ, apareceu por aqui há quase quatros anos.

O novo livro se inicia com a recusa da jornalista Maria em escrever uma matéria que lhe foi atribuída. Ela o faz com veemência, até com certa teimosia e uma boa dose de raiva, criando um desconforto com sua amiga editora.

O enredo não nos entrega de cara o porquê de sua reação, deixando-nos apenas com suposições e curiosidade. Pouco a pouco se conhece a protagonista, seu modo de pensar e agir, sua relação com o mundo, ao mesmo tempo em que se revela a história que serve de pano de fundo, a história de Mariana, o objeto do desgaste entre Maria e sua chefe Tatiana. Ao refazer os passos de Mariana, Maria tem a oportunidade de olhar para dentro de si, de reviver e reescrever sua própria história.

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20 de outubro de 2023

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[Resenha] Capitães da areia

De Jorge Amado

  • Título Original: Capitães da areia
  • Gênero do Livro: Romance
  • Editora: Companhia das Letras
  • Ano de Publicação: 2009
  • Número de Páginas: 280
Sinopse: Desde o seu lançamento, em 1937, Capitães da Areia causou escândalo: inúmeros exemplares do livro foram queimados em praça pública, por determinação do Estado Novo. Ao longo de sete décadas a narrativa não perdeu viço nem atualidade, pelo contrário: a vida urbana dos meninos pobres e infratores ganhou contornos trágicos e urgentes. Várias gerações de brasileiros sofreram o impacto e a sedução desses meninos que moram num trapiche abandonado no areal do cais de Salvador, vivendo à margem das convenções sociais. Verdadeiro romance de formação, o livro nos torna íntimos de suas pequenas criaturas, cada uma delas com suas carências e suas ambições: do líder Pedro Bala ao religioso Pirulito, do ressentido e cruel Sem-Pernas ao aprendiz de cafetão Gato, do sensato Professor ao rústico sertanejo Volta Seca. Com a força envolvente da sua prosa, Jorge Amado nos aproxima desses garotos e nos contagia com seu intenso desejo de liberdade.
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“Prenda o leitor já na primeira frase” — essa dica não falta quando se trata de orientações para criar narrativas ficcionais. Embora de difícil execução, o conselho se sustenta quando se analisa a concorrência que se impõe aos livros (por exemplo, outros livros e as redes sociais), além da falta de tempo de que todo mundo se queixa. Uma obra que capta a atenção do leitor no primeiro encontro tem mais probabilidade de não se ver revendida num sebo ou esquecida numa estante.

Em caso de livros ou autores célebres, essa característica pode não ter tanto peso. Mesmo que o início não seja tão cativante, a validação prévia da obra nos leva a acreditar que logo adiante nos depararemos com aquele tchã, aquele aspecto que faz a obra aparecer em listas de indicações.

Entre mim e Capitães da areia ocorreu algo desse tipo. A minha leitura do livro começou arrastada, como se ele e eu não tivéssemos ainda nos conectado. Por isso, o deixei por uns dias, troquei-o por outros, fingi que não o via.

Afora o fator que descrevi no parágrafo anterior, sou persistente nas leituras (sinto-me mal por largar alguma pela metade e só o faço depois de avançar por muitas e muitas páginas). Então resgatei esse romance da mesa de cabeceira. Foi aí que o match aconteceu.

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